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Em entrevista para a Globo News, na última quinta-feira, dia 2 de agosto, o pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, anunciou que, se eleito, estudará o fim do ensino superior gratuito. O plano é iniciar a cobrança pelos cursos de pós-graduação.
“Esse seria o primeiro passo, porque hoje nem a pós-graduação é paga”, declarou o pré-candidato. “Então o primeiro passo que eu daria é que toda a pós-graduação fosse cobrada”.
A promessa de candidatura de Alckmin veio no mesmo dia em que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou que precisará suspender o pagamento de todas as bolsas para mestrado, doutorado e pós-doutorado em agosto de 2019, já que o teto que limita o orçamento de 2019 destinará um valor muito inferior ao necessário para a manutenção de suas atividades.
A Capes, que fomenta a produção científica no país, vem sofrendo cortes orçamentários desde 2015. Naquele ano, o orçamento da instituição era foi de R$7,7 bilhões, sendo reduzido para 3,94 em 2018. A previsão é que, para 2019, o valor destinado à agência se caia para R$3,3 bilhões.
A redução afetará cerca de 93 mil pesquisadores em nível de mestrado, doutorado e pós-doutorado, responsáveis por grande parcela da produção científica no país. Nas redes sociais, os pesquisadores criaram a hashtag #MinhaPesquisaCapes, para falar da relevância de seus projetos.
Além disso, serão atingidos cerca de 105 mil bolsistas de programas de formação e qualificação de professores, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), o Programa de Residência Pedagógica e o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor).
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