Imagem: EBC / Fonte: Agência Brasil
A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), comemorou a abertura da fronteira brasileira para a entrada de imigrantes venezuelanos.
Um juiz federal do estado de Roraima havia ordenado, no último domingo, dia 5 de agosto, a suspensão temporária da entrada de venezuelanos por terra até que houvesse um equilíbrio entre o número de imigrantes que chegam do país vizinho com os que saem para outros estados brasileiros. A decisão, no entanto, foi cancelada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia seguinte.
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O Acnur aplaudiu a decisão. “O governo brasileiro, até agora, assegurou o acesso ao territória a refugiados venezuelanos e imigrantes que necessitam de proteção, e lhes proporcionou acesso aos serviços básicos”, afirmou seu porta-voz, William Spindler.
Em Genebra, Spindler afirmou que os venezuelanos chegam ao Brasil em busca de segurança. Mais de 200 venezuelanos não puderam finalizar o ingresso em território brasileiro, segundo o porta-voz, em decorrência do impasse envolvendo a fronteira na região de Roraima.
De acordo com Acnur, o Brasil reúne mais de 32,7 mil solicitantes de pedidos de refúgio, enquanto 25 mil já obtiveram autorização para permanência legal no país. Ainda segundo a instituição, cerca de 117 mil venezuelanos pediram refúgio ao governo brasileiro desde 2017.
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Indígenas
O porta-voz ressaltou que boa parte dos venezuelanos é formada por indígenas, que estão em situação vulnerável devido à falta de alimentos e condições de sobrevivência.
Spindler citou o exemplo do líder comunitário de Warao, Eligio Tejerina, de 33 anos, cujo filho caçula está com pneumonia. O indígena tem cinco filhos e disse que todos estavam passando fome na Venezuela.
“Decidimos vir para o Brasil porque nossos filhos estavam esfomeados”, afirmou. “Eles choravam de fome porque só tinham uma pequena porção de comida”.
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