Foto: Facebook.
Fonte: Com informações da Folha de São Paulo.
Na segunda feira (8) após o primeiro turno das eleições, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, de 63 anos, foi morto a facadas após uma discussão política em Salvador. O agressor, aos gritos, defendia o apoio à Jair Bolsonaro. A discussão terminou com Katendê sendo atingido por 12 golpes de faca. Ele morreu no local.
O homicídio ocorreu em um bar no bairro do Engenho Velho da Federação, na periferia de Salvador. Durante a discussão, o primo de Katendê, Germinio do Amor Divino Pereira de 51 anos também foi atingido por uma facada no braço direito. Germinio foi socorrido no Hospital Geral do Estado e passa bem.
Paulo Sérgio Ferreira de Santana, autor do crime, foi preso em uma casa do bairro durante tentativa de fuga.
Em depoimento à Polícia Militar, Paulo confessou o assassinato. Ele contou que, após a discussão sobre o segundo turno das eleições, foi buscar uma faca do tipo peixeira em sua casa e retornou ao bar. Abordando a vítima por trás, desferiu golpes nas costas e no pescoço do mestre Katendê.
O autor do crime alegou que estava bêbado e que a vítima estava defendendo o voto em Fernando Haddad (PT). Paulo defendia o apoio à Jair Bolsonaro (PSL). Ele já havia se envolvido em dois outros casos de agressões violentas, em 2009 e 2014, segundo a polícia.
Grande Mestre de Capoeira
Além de capoeirista, Moa do Katendê era professor, compositor, dançarino, percussionista, artesão. Militante do movimento negro, foi um dos compositores do Ilê Aiyê, maior blocos afro da Bahia. Também foi um dos fundadores dos afoxés Badauê e Amigos do Katendê.
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