Dois policiais militares acusados de tortura foram presos, na última quinta-feira (1º), em Rio Branco, durante ação do Ministério Público do Estado do Acre. A operação contou com apoio da Polícia Civil.
Conforme informação do Ministério Público, os agentes de segurança torturaram um homem que teria roubado a residência de um dos policiais, em maio deste ano.
Um terceiro policial, que também teria participado do ato criminoso, ainda não foi identificado. O homem foi espancado e teve o nariz quebrado.
De acordo com as investigações, durante a tortura o suposto autor do furto teve os punhos fixados pelos policiais no chão, com pregos, na posição de um crucifixo.
Os relatos também apontam que uma outra pessoa também foi torturada para que revelasse o paradeiro do autor do furto.
A prisão foi solicitada porque após a abertura do inquérito para investigar a ação dos agentes, os policiais passaram a intimidar testemunhas, dificultando a investigação, como relata a promotora Maria Fátima Ribeiro.
O barraco em que houve a sessão de tortura foi destruído por ordem dos acusados.
“Os agentes têm o dever de garantir os direitos da sociedade e fazer o cumprimento da lei. E esses investigados fizeram completamente o contrário”, disse a promotora.
Fátima Teixeira, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios, também reforçou que os agentes da polícia devem proteger os cidadão e seus direitos e não violá-los.
Além da prisão dos dois PMs, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, armas e documentos.
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