O deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), relator da comissão especial responsável pela análise da flexibilização do Estatuto do Desarmamento (PL 3722/12), retirou os taxistas das profissões que teriam o porte de armas autorizados.
A medida aparentemente incoerente, uma vez que Carvalho sempre lutou pelos taxistas, inclusive quando apresentou o projeto que proíbe o aplicativo Uber em todo o país, tem uma possível explicação. Segundo o portal de notícias Uol, o motorista Glênio Gomide, que dirigia um Ford Fusion preto do deputado, estava indo a uma festa buscar o parlamentar na noite de domingo (27) quando foi confundido com condutor do Uber e quase foi agredido por três taxistas de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
"Como eu vou ficar defendendo os taxistas com essas atitudes? Desde o início destes ataques aos motoristas do Uber, tenho orientado os taxistas, através dos representantes da classe, que esta não é a maneira correta para solucionar este impasse", afirmou Carvalho.
O relatório permite o porte de armas para várias categorias trabalhistas, como integrantes da Advocacia Geral da União (AGU), fiscais do trabalho, fiscais do Ibama e caminhoneiros. Antes do ataque os taxistas estavam incluídos, mas foram retirados pelo relator.
Atualmente, para adquirir registro e porte o candidato a ter uma arma precisa passar por teste psicológico e de manuseio. O relator estabeleceu para o registro a necessidade de teste de manuseio e psicológico e, para o porte, teste psicológico, 10 horas-aula teórica e prática seguidas de outro teste.
O texto, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), também prevê a retirada do porte de pessoas flagradas dirigindo sob efeito de álcool ou outras drogas.