O Ministério Público de São Paulo entrou com representações para impedir que o MPF (Ministério Público Federal) faça filmagens das ações policiais durante os protestos na capital paulista. A medida foi anunciada nesta terça, 13, pelo Procurador Geral da instituição, Gianpaolo Smanio.
Na última semana, após dura e injustificada repressão a manifestantes que protestavam contra o governod de Michel Temer, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão abriu procedimento para averiguar denúncias de violações de direitos humanos por parte de órgãos de segurança pública.
Juntos a uma série de entidades de direitos humanos, os Procuradores ainda presenciaram a audiência de custódia dos 26 detidos, fato que irritou bastante promotores de justiça do MPSP.
Desde que os protestos de massa na capital paulista se iniciaram, em junho de 2013, o MPSP não tomou qualquer atitude de relevo para combater ou fiscalizar a escalada da repressão policial no Estado.
Apesar disso, o Procurador Geral e Corregedor Geral do MPSP negaram “a existência de qualquer traço de inércia, omissão ou demora que justificasse o “extravasamento’ praticado pelos procuradores federais”.
A representação será julgada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que poderá anular o procedimento da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.