Imagens: Antonio Cruz /Agencia Brasil.
Hoje (19) Brasília se tornou palco de diversas manifestações de estudantes, indígenas e quilombolas de todo o pais. Os manifestantes protestam por Politicas Públicas de Acesso e, principalmente, de Permanência no Ensino Superior.
Os protestos são uma reação aos recentes cortes realizados pelo governo Temer. Desde o início do ano letivo, em março, estudantes indígenas e quilombolas não recebem nenhuma parcela da bolsa à que tem direito e alunos ingressantes não conseguem inserir seus nomes no sistema do PBP (Programa Bolsa-Permanência).
Criado em maio de 2013 pelo Ministério da Educação (MEC), o PBP oferece aos alunos indígenas e quilombolas em situação de vulnerabilidade uma ajuda mensal de R$ 900,00 para cobrir custos de moradia, alimentação e material escolar.
O valor é pequeno, mas já permitiu acesso de mais de 18 mil estudantes que deixaram suas aldeias e quilombos, às vezes localizados a centenas de quilômetros, para fazer cursos superiores em instituições federais.
Atualmente, cerca de 5.000 alunos necessitam da bolsa para continuar estudando. Em audiência realizada no dia 29 de abril, o ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou que a proposta do governo é oferecer apenas 800 novas bolsas neste ano.
Alunos e professores críticos aos cortes afirmam que, na prática, oferecer 800 bolsas para mais de 68 instituições federais configura o fechamento do programa e a expulsão destes alunos do ensino superior.
Com informações da Folha.