Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Com as próximas eleições, pouco deve mudar na Câmara dos Deputados. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), 408 (79%) dos 513 deputados tentarão a reeleição e a projeção é de que, destes, 75% se sejam reeleitos. O índice de renovação deverá ser, segundo o estudo do DIAP, o menor desde 1990, ficando 49% abaixo da média do período.
O levantamento aponta para algumas das razões para a baixa renovação. Entre eles está a redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias e o período de horário eleitoral gratuito de 45 para 35 dias e a criação do fundo eleitoral para financiar campanhas em substituição à doação parlamentar.
Além disso, o DIAP ressalta que os candidatos à reeleição tem vantagens em relação aos novatos, já que, entre outros, tem uma base eleitoral consolidada, estrutura de campanha, fácil acesso aos meios de comunicação e nome e número conhecidos dos eleitores.
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“Outro aspecto preocupante, este relativo à qualidade da renovação, é que as vagas que serão preenchidas por ‘novos’ ou serão ocupadas por ex-ocupantes de cargos públicos – eleitos ou nomeados – numa espécie de circulação no poder, ou pertencerão às futuras bancadas evangélica, da segurança ou bala e parentes, segmentos que irão crescer na Câmara dos Deputados”, afirma o estudo do DIAP. “Além de uma renovação menor e de má qualidade, ainda há o risco de que a próxima composição da Câmara dos Deputados seja mais fisiológica e conservadora do que a atual.”
O número de candidaturas registradas para reeleição em 2018 está próximo da média dos últimos sete pleitos, que é de 407. O número, no entanto, é maior que o registrado em 2014, quando 387 deputados tentaram renovar seus mandatos.
Entre os partidos, no PT, 52 dos 61 deputados (85,25%) querem ser reeleitos. No MDB, são 42 de 50 (84%). PSDB e PP, que tem 49 deputados, também terão o mesmo número de recandidaturas: 39 cada. No DEM, serão 31 recandidatos de 43 (72,1%).
Dos 106 deputados que não vão se recandidatar, apenas 31 não irão concorrer a nenhum cargo esse ano. Os 75 restantes buscam vagas como senador, governador e vice-governador, deputado estadual e presidente da república.
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