Papa Francisco recebeu a AJD – Associação Juízes para a Democracia em evento sobre direitos sociais no Vaticano, realizado nos dias 3 e 4 de junho de 2019
A AJD – Associação Juízes para a Democracia participou nos dias 3 e 4 de junho da Cúpula de Juízes Sobre Direitos Sociais e Doutrina Franciscana, realizada no Vaticano e que contou com o apoio do Papa Francisco. O pontífice participou do encerramento do evento. A nova presidenta do conselho da AJD, Valdete Souto Severo (juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região – RS), representou a entidade na reunião, ao lado das magistradas Kenarik Boujikian, Maria Madalena Telesca, Daniela Floss, Ana Inés Algorta Latorre, Gabriela Lenz de Lacerda, Eliane Covolo Melgarejo e do magistrado Rafael da Silva Marques.
A juíza Ana Inés Algorta Latorre, integrante da AJD, foi nomeada para o Comitê Permanente Panamericano de Juízes e Juízas para Direitos Sociais e Doutrina Franciscana, criado durante o evento no Vaticano.
Em sua fala durante o evento, Ana Inés destacou a importância de os magistrados deixarem seus gabinetes para irem às ruas, e ainda defendeu a dignidade da vida.
Arrisco-me a dizer que muitos de nós, senão todos os que estamos aqui, temos empreendido nossos esforços, dentro de nossas esferas de atuação profissional e fora dela, não somente para que as pessoas tenham garantida sua sobrevivência, como também para que a vida tenha significado e seja digna de ser vivida. E não para poucas pessoas, e sim para todas, bem como para as demais formas de vida que compartilham conosco a existência neste maravilhoso planeta.
disse a magistrada.
Esta construção não se dará com armas ou com muros. Não se dará com ódio, exclusão e abandono. Ela se dará com amor e com cuidado. Este amor e este cuidado devem se materializar, inicialmente, em terra, trabalho e teto, bem como na proteção incondicional da natureza da qual fazemos parte.
O Papa encerrou o encontro agradecendo aos presentes, os quais chamou de poetas.
“Queridos magistrados: Vocês têm um papel essencial. Deixem-me dizer que são também poetas; são poetas sociais quando não têm medo de ‘serem protagonistas na transformação do sistema judicial baseado na coragem, na justiça e na primazia da dignidade da pessoa humana’ sobre qualquer outro tipo de interesse ou justificativa. Eu gostaria de concluir dizendo: ‘Felizes são aqueles que têm fome e sede de justiça; felizes são aqueles que trabalham pela paz’”
disse o Papa.
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